Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2022

Protegendo o perímetro: o aumento da fraude externa

As ameaças externas estão aumentando

As pressões ambientais, geopolíticas, financeiras e sociais estão criando um cenário volátil de riscos como jamais se viu. A situação torna ainda mais difícil prevenir fraudes e crimes econômicos. À medida que as organizações se adaptam rapidamente às mudanças, agentes mal-intencionados buscam explorar as brechas existentes nos mecanismos de defesa contra fraudes.

Essas são algumas das conclusões da Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2022 da PwC, que envolveu 1.296 executivos em 53 países e regiões. O estudo mostra que os perímetros das organizações estão vulneráveis, e que a ameaça dos fraudadores externos está crescendo.

No resultado global, quase 70% das organizações que reportaram ter sofrido fraudes relataram que o incidente mais grave teve como base um ataque externo ou conluio entre agentes externos e internos.


Principal autor da fraude mais grave sofrida - mundo


43% Agente externo (41% em 2020)

31% Agente interno (38% em 2020)

26% Conluio entre agentes internos e externos (21% em 2020)



Fonte: Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2022 da PwC.

As medidas de prevenção a fraudes estão funcionando – mas o cenário se agrava no Brasil

Apesar de problemas na cadeia de suprimentos, instabilidade ambiental e geopolítica, incerteza econômica, escassez de talentos e muitos novos riscos, o índice de fraude, corrupção e crimes econômicos não registra aumento no mundo desde 2018. No Brasil, no entanto, a tendência é diferente.

Pouco menos da metade das organizações globais (46%) relatou ter sofrido alguma forma de fraude ou outro crime econômico nos últimos 24 meses, enquanto, no Brasil, o percentual passou de 46% em 2020 para 62% neste ano.

62% das organizações brasileiras relataram ter sofrido algum tipo de fraude ou outro crime econômico nos últimos 24 meses (46%, no mundo)



Empresas vítimas de fraude, corrupção ou outros crimes econômicos


Global
Brasil

2018
%
%
2020
%
%
2022
%
%

Fonte: Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2022 da PwC

O perímetro está vulnerável, e o jogo mudou

O impacto dos hackers e das redes do crime organizado, que estão entre os criminosos externos mais comuns, aumentou substancialmente nos últimos dois anos. O combate a esses agentes mal-intencionados é diferente do esforço para conter a fraude interna, porque as empresas têm pouca capacidade de influenciar ou controlar as ações dos criminosos.

Globalmente, cerca de um terço dos ataques externos foi cometido por hackers, e 28% foram conduzidos pelo crime organizado. Ambos os números refletem aumentos em relação à nossa pesquisa de 2020. 

Os grupos de criminosos organizados estão se tornando mais especializados e profissionais, com metas, incentivos e estruturas de bônus. Eles aproveitam as vulnerabilidades e investem continuamente para enganar suas vítimas.

Os agentes mal-intencionados também estão colaborando entre si, o que aumenta o volume e a sofisticação dos ataques. Usando salas de chat, dark web e criptomoedas, os especialistas em violação de dados, criação de identidades falsas, metodologias de ataque e outras áreas podem se conectar, coordenar e realizar transações como parte de uma economia criminosa em ascensão.

O combate a esses agentes mal-intencionados é diferente do esforço para conter a fraude interna, porque as empresas têm pouca capacidade de influenciar ou controlar as ações dos criminosos.



Tipo de agente externo, 2022

Hacker
%
Consumidor
%
Crime organizado
%
Fornecedor/provedor
%
Agente/intermediário
%
Concorrente
%
Joint venture/parceiro de aliança
%
Provedor de serviço compartilhado
%
Consultor/assessor
%
Nação estrangeira
%


Tipo de agente externo, 2020


1

Consumidor
26%

2

Hacker
24%

3

Fornecedor/provedor
19%




Fonte: Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2022 da PwC

Plataformas abrem nova fronteira para fraudes

Qual é o ponto de entrada para fraudadores externos? Muitos estão explorando novas tecnologias que estão sendo implantadas pelas empresas. A ascensão das plataformas digitais, como mídias sociais, comércio eletrônico ou serviços (por exemplo, carros compartilhados ou hospedagens) abre caminho para uma gama de riscos de fraude e outros crimes econômicos que a maioria das empresas está apenas começando a conhecer. 

Globalmente, das organizações que sofreram fraudes nos últimos dois anos, quatro em cada dez registraram algum tipo de delito associado a plataformas digitais, seja relacionado a violações de know-your-customer (KYC – “conheça seu cliente”, em tradução livre), desinformação, lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo ou atividades antiembargo. 

A pandemia criou uma vulnerabilidade adicional à medida que as organizações aceleravam a transição para operações digitais. Enquanto isso, novos riscos de fraude estão surgindo e novos predadores estão ganhando força. Qual é, exatamente, o risco de fraude que as empresas enfrentam hoje? Leia o relatório completo para saber mais.

Três ações para proteger seu perímetro

1. Entenda o ciclo de vida dos produtos voltados para o consumidor

Dedique tempo a identificar onde um fraudador pode encontrar oportunidades para explorar um produto e causar danos financeiros, legais ou de reputação.

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2. Encontre o equilíbrio entre a experiência do usuário e os controles de fraude

Boa experiência do usuário e controles eficazes de fraude são alcançáveis por meio da combinação certa de tecnologia, estratégia e processos de fraude.

3. Orquestre os dados

É essencial que os indicadores de fraude sejam orquestrados em uma plataforma centralizada que possa monitorar todo o ciclo de vida dos usuários (fraudadores ou não) e gerar alertas que façam sentido.

Contatos

Marcos Panassol

Marcos Panassol

Sócio e líder de Serviços Forenses, PwC Brasil

Tel: +55 (11) 99673 2787

Leonardo  Lopes

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