Transformando o futuro, encarando o presente

26ª Pesquisa Anual Global de CEOs

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O CEO em uma encruzilhada

A mais recente edição da nossa pesquisa anual com os CEOs mostra que um terço dos líderes no Brasil e no mundo não acredita que suas organizações serão economicamente viáveis em dez anos caso se mantenham no rumo atual. Ao todo, ouvimos aproximadamente 4.400 CEOs, em mais de 100 países, com uma participação recorde de líderes do Brasil.

Os resultados da pesquisa ilustram a profundidade dos desafios atuais que os líderes enfrentam. De um lado, a grande maioria dos CEOs considera extremamente importante reinventar seus negócios para o futuro em um mundo de disrupção e inovação. De outro, enfrentam obstáculos de curto prazo, como a instabilidade da economia global, a inflação, as rupturas das cadeias de suprimento e os conflitos geopolíticos. 

No Brasil e no mundo, 73% dos CEOs acreditam que a economia global sofrerá uma desaceleração nos próximos 12 meses. Apesar disso, uma parte importante dos CEOs de alguns países prevê que suas economias locais terão trajetória contrária e também acredita no crescimento da receita de suas empresas — especialmente os brasileiros. 

Este duplo imperativo – encarar o presente e ao mesmo tempo se transformar para o futuro – os coloca em uma encruzilhada inédita que exige ação imediata.

Organizamos este relatório em três dimensões: os desafios atuais; a preparação para o futuro; e a agenda necessária para se atingir um equilíbrio entre o curto e o longo prazos e transformar as dificuldades em oportunidades.

Os CEOs estão pessimistas em relação à economia global, mas o brasileiros se mostram mais otimistas com o crescimento local

Para 73% dos líderes no Brasil e no mundo a economia sofrerá uma desaceleração nos próximos 12 meses, uma mudança drástica em relação ao ano passado, quando 77% apostavam em uma aceleração. Os CEOs brasileiros, da China e da Índia, porém, estão muito mais otimistas em relação ao crescimento de seus próprios países do que da economia global.

Como você acredita que o crescimento econômico global será alterado nos próximos 12 meses?

Como você acredita que o crescimento econômico global e no seu país será alterado (caso isso ocorra) nos próximos 12 meses?


Em relação ao crescimento das receitas, CEOs brasileiros estão mais otimistas que os globais

O pessimismo em relação à economia como um todo chegou a abalar a confiança dos CEOs no crescimento da receita de suas empresas, mas a maioria manteve o otimismo – e a perspectiva dos líderes brasileiros é mais positiva que a média.

Qual é seu grau de confiança nas perspectivas de crescimento da receita da sua empresa nos próximos…?


Na agenda, cortes de custos e estímulo a novas receitas, mas poucos planos de reduzir a força de trabalho

Em resposta aos desafios econômicos de curto prazo, os CEOs dizem que estão tomando medidas para estimular o crescimento da receita e cortar custos. Os dados sugerem que os CEOs evitam reduzir o quadro de profissionais, em parte por causa do aumento nos índices de demissão voluntária registrados no ano passado em muitos países, entre eles o Brasil, em um fenômeno conhecido como “A Grande Evasão”.

Qual das opções a seguir melhor descreve ações que sua empresa possa estar avaliando para mitigar possíveis desafios econômicos e volatilidade nos próximos 12 meses?


Ajuste na cadeia de suprimentos é a principal iniciativa dos CEOs brasileiros para lidar com tensões geopolíticas

Cerca de metade dos CEOs brasileiros está ajustando cadeias de suprimentos, presença geográfica e diversificação de produtos e serviços, em linha com a tendência global. No mundo, a prioridade é a segurança cibernética e a privacidade de dados – preocupação para um terço dos CEOs no Brasil.

Quais das seguintes ações sua empresa está considerando para mitigar a exposição a conflitos geopolíticos nos próximos 12 meses?

Inflação e instabilidade macroeconômica são apontadas como principais riscos no curto prazo

Nos próximos 12 meses, os CEOs brasileiros se sentem mais expostos à inflação, à instabilidade macroeconômica, aos riscos cibernéticos e aos conflitos geopolíticos. Em cinco anos, instabilidade e riscos cibernéticos preocupam mais.

Quão exposta sua empresa estará às seguintes ameaças nos próximos…?

Nota: percentuais consideram respostas “muito” e “extremamente exposta” 


Viabilidade econômica do negócio está em risco para um terço dos CEOs brasileiros

No Brasil, um terço dos CEOs não acredita que suas empresas serão economicamente viáveis em uma década, se mantido o rumo atual. No mundo, o percentual é ainda maior (39%) e mais acentuado em algumas indústrias, como tecnologia (41%), telecomunicações (46%), saúde (42%) e produção industrial (43%).

Se sua empresa continuar no rumo atual, por quanto tempo você acredita que seu negócio será economicamente viável?


Impacto do risco climático sobre perfis de custo e cadeias de suprimentos preocupa mais

Cerca de metade dos CEOs globais espera algum grau de impacto das mudanças climáticas nos próximos 12 meses – mais em seus perfis de custo e na cadeia de suprimentos do que em seus ativos físicos.

Até que ponto você espera que as seguintes áreas de seus negócios sejam afetadas pelos riscos climáticos nos próximos 12 meses?


Precificação interna das emissões de carbono fora do radar

Muitas empresas parecem estar elaborando estratégias sem considerar a precificação interna das emissões de carbono. Metade das empresas no Brasil (54% no mundo) dizem que não têm planos de implementar um mecanismo dessa natureza em seu processo de tomada de decisões, embora isso seja importante para antecipar eventuais impostos, tarifas e incentivos, assim como entender melhor suas externalidades.

Qual afirmação melhor caracterizaria o nível de progresso da sua empresa em relação a essas providências?

CEOs querem dedicar mais tempo a reinventar seus negócios

Impulsionar o desempenho operacional atual consome a maior parte do tempo dos líderes. Se pudessem reformular suas agendas, eles disseram que passariam mais tempo desenvolvendo o negócio e sua estratégia para atender às exigências futuras.

Durante a sua jornada de trabalho, qual é a porcentagem média de tempo que você dedica a cada uma das seguintes atividades?

Sabendo o que você sabe hoje, se pudesse começar de novo com uma agenda em branco, como alocaria seu tempo como CEO?


Investimentos com foco em tecnologia e reinvenção dos negócios têm peso relevante para muitos CEOs

A prioridade na alocação de recursos são os investimentos em tecnologia, como automação, implantação de tecnologias avançadas e upskilling da força de trabalho. Reforçando a percepção dos CEOs de que é urgente olhar para o futuro apesar dos desafios imediatos, cerca de 60% (com poucas exceções) se concentram em reinventar o negócio e 40% em preservar o negócio atual.

Em cada uma das áreas selecionadas, identifique em que medida o investimento é alocado para reinventar os negócios para o futuro ou preservar os negócios atuais.

Quais dos seguintes investimentos, se for o caso, sua empresa fará nos próximos 12 meses?


CEOs questionam se suas empresas apresentam as condições essenciais para empoderamento organizacional e empreendedorismo

Os dados sugerem que, em muitas organizações, não há condições para que gestores e demais profissionais busquem novas oportunidades por conta própria ou identifiquem ameaças disruptivas e respondam a elas de forma independente. 70% dos CEOs brasileiros (76% no mundo) dizem que suas lideranças não costumam tomar decisões estratégicas no âmbito de suas funções ou departamentos de forma independente. 

Indique com que frequência cada uma das seguintes situações ocorre na sua empresa:


Empresas tendem mais a colaborar para criar valor comercial do que para resolver problemas socioambientais

As empresas trabalham com uma ampla rede de parceiros, e o objetivo mais comum dessas relações é buscar novas fontes de geração de valor, como novos produtos e novos mercados. Abordar questões socioambientais, como as relacionadas às mudanças climáticas, é um objetivo mais frequente na colaboração com entidades sem fins lucrativos, como ONGs e agências governamentais.

Até que ponto a sua empresa está colaborando com os seguintes grupos para: a) Criar novas fontes de geração de valor? b) Resolver questões socioambientais?

Nota: percentuais consideram respostas “muito” e “extremamente”.

Confiança, liderança e o diálogo
no C-level

A confiança ajuda instituições e indivíduos a “ir longe juntos” – e a transformar o futuro, encarando o presente.

A crescente importância da confiança está estreitamente vinculada à mudança na natureza da liderança diante da maior complexidade do relacionamento com os stakeholders; à necessidade cada vez maior de o setor privado ajudar a resolver problemas sociais importantes; à ruptura do consenso pós-Guerra Fria em torno dos mercados abertos e do comércio internacional livre. Os CEOs têm tido papéis de destaque e muitas vezes participam dessas mudanças em maior grau do que muitos de seus subordinados diretos. 

O diálogo aberto com as equipes de gestão sobre as implicações dessas forças para a liderança pode ajudar a fortalecer e dar mais autonomia aos diretores executivos, para que os CEOs possam se dedicar mais a reinventar o futuro.


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Contatos

Marco Castro

Marco Castro

Sócio-Presidente, PwC Brasil

Tel: +55 (11) 99008 6612