Safra 4.0, spin-off da Safra Rica, ganha loja virtual para seus serviços de tecnologia

Portfólio da empresa já conta com mais de 20 soluções diferentes, testadas por mais de 700 produtores a campo

Agosto 25, 2021

Por Marina Salles

A Safra 4.0 — spin-off de serviços de tecnologia da distribuidora de insumos Safra Rica — está lançando sua loja virtual. Depois de dois anos operando pelo programa de pontos da Orbia e com algumas soluções na plataforma da empresa de produtos biológicos Microgeo, a empresa ganha mais um canal para conectar as novas tecnologias aos produtores rurais. 

Do seu portfólio, fazem parte mais 20 soluções diferentes, já testadas e aprovadas por cerca de 700 produtores. Entre esses serviços, estão tecnologias de monitoramento de pragas, aplicação de insumos, mapeamento do espaço produtivo e consultoria especializada para gestão produtiva.

Cecília Giolo, coordenadora de negócios da Safra 4.0, explica que a semente para a iniciativa foi plantada em 2018, quando a Safra Rica identificou no mercado uma forte demanda por serviços voltados à aplicação mais eficiente e segura de defensivos agrícolas dentro do seu programa Gota Mais. 

“A Safra 4.0 nasceu dentro do nosso programa direcionado a tecnologias de aplicação em 2018 e, em 2019, nosso CEO, o Blitz, teve a oportunidade de ir para a Agrishow e pensou em um novo modelo de negócios para a Safra 4.0. A ideia era nos conectar com grandes empresas, como a Bayer, além de startups, e levar a experiência da agricultura digital para o produtor”, conta Cecília.

Cecília Giolo, coordenadora de negócios da Safra 4.0

Construção do portfólio

O processo de construção do portfólio da Safra 4.0 começa com uma avaliação prévia da startup ainda dentro da empresa e, depois, segue para a fase de testes na lavoura e análise direto a campo, junto dos produtores rurais. 

Usando o exemplo de uma tecnologia de mapeamento de ervas daninhas com drones, Cecília detalha o passo a passo das avaliações. “A gente começa acompanhando o voo do drone junto com o produtor e, depois que sai o relatório, vamos verificar o que o mapeamento apontou. Se no ponto crítico tinham plantas daninhas ou só uma cana tombada, se a escala foi precisa e as folhas eram mesmo largas”, exemplifica. 

Para fazer o diagnóstico da acurácia da ferramenta, são avaliados, na sequência, indicadores de performance, usabilidade da solução e agilidade na entrega de resultados. O último passo é a definição do modelo de negócios para inclusão da tecnologia na plataforma. 

Parcerias de geração de valor

Via de regra, é a Safra 4.0 que contrata o serviço da startup e o oferece ao cliente final. Cecília explica que o modelo varia caso a caso, conforme o papel da revenda na prestação do serviço.

Produtor usufrui de serviço de monitoramento por drone na lavoura (Foto: Safra 4.0)

A fim de dar suporte ao agricultor, a Safra 4.0 pode entrar com o levantamento de pragas a campo usando as ferramentas digitais dos parceiros ou realizar um voo de drone para captura das imagens que depois serão processadas. “A gente sempre pensa em um modelo de parceria que seja ganha-ganha”, diz Cecília. 

Uma das primeiras tecnologias a entrar para o portfólio foi da própria Bayer, do Climate Field View (de agricultura digital). Depois, vieram soluções como das startups VOA (para liberação de biológicos com drone), Gamaya (levantamento de falhas de plantio na cana-de-açúcar), Farmbox (monitoramento de pragas em soja, cana e milho) e Arpac (aplicação de produtos fitossanitários com drone). 

Heber Oliveira, gerente de marketing e planejamento estratégico da Safra Rica, afirma que a rede foi a primeira cliente da Safra 4.0 e que o objetivo é continuar crescendo no mercado. “A Safra 4.0 é o nosso motor de transformação digital e vem para levar novas soluções e serviços para todo o campo”, afirma. 

Hoje, a Safra Rica tem nove lojas, sendo sete em São Paulo e duas em Minas Gerais, 100 funcionários e atende principalmente as culturas de citros, cana-de-açúcar e grãos, com a oferta de produtos fitossanitários, sementes de milho e soja, produtos biológicos e nutrição de plantas (adjuvantes, fertilizantes foliares e minerais). Sua carteira abrange uma área plantada de 1 milhão de hectares. 

Para Cecília, o objetivo, no fim do dia, é vender mais do que produtos, e incluir no pacote de soluções do agricultor mais produtividade, qualidade e segurança na condução das suas safras.

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Dirceu Ferreira Junior

Dirceu Ferreira Junior

COO do PwC Agtech Innovation e sócio, PwC Brasil

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