Fevereiro 2, 2022
Por Marina Salles
A agfintech Agroforte acaba de anunciar o recebimento de um aporte de R$ 6 milhões, que vem para fortalecer sua expansão no mercado de crédito para pequenos produtores da cadeia de proteína animal, seja de aves, suínos, ovos ou leite.
A rodada foi liderada pela venture developer Futurum Capital, acompanhada dos fundos internacionais de VC The Yield Lab e Kalei Ventures, da gestora Catálise Investimentos e investidores pessoa física, como Felipe Moraes, Arthur O’Keefe e Guillermo Arauz.
Com os novos recursos, a AgroForte expandirá seu escopo de atuação, ampliando a oferta de produtos e soluções de crédito para os produtores de todo o Brasil. A estratégia é nacional e a expectativa é conceder R$ 150 milhões em financiamento nos próximos 18 meses.
Fundada em 2020, pelos sócios Felipe d'Avila, Gustavo Silva, Carlos Eduardo Mascarenhas e Guillermo Arauz, a AgroForte tem o objetivo oferecer crédito rápido e desburocratizado, por meio de um aplicativo.
A contratação dispensa garantias reais ou avalista e é feita pelo produtor a partir de um cadastro simples, com assinatura digital e em poucos cliques. O dinheiro entra na conta do produtor ou chega direto ao fornecedor (de um equipamento, por exemplo) no prazo de 24 horas.
Entre a clientela, o foco são os produtores rurais integrados ou com contratos de fornecimento com agroindústrias ou cooperativas, independente da região ou segmento de atuação. A fintech já fechou mais de 10 parcerias com agroindústrias e cooperativas do agronegócio e cerca de 3 mil produtores ou cooperados já têm acesso às suas linhas de crédito digital.
A agtech já tem 4 tipos de linhas de crédito: para investimento na estrutura de produção, compra de animais, custeio e antecipação de recebíveis. O tíquete médio dos empréstimos é de R$ 80 mil e tem limite de até R$ 500 mil.
O prazo de pagamento depende do segmento de atuação e do ciclo do produtor rural. Em termos de investimentos em animais em infraestrutura, os vencimentos são de até 24 meses. Já para custeio e compra de insumos, o prazo é de 6 meses.
“Estamos democratizando o acesso a crédito para pequenos e médios produtores rurais, oferecendo alternativas de financiamento com agilidade e transparência. Queremos devolver ao produtor a autonomia para escolher a melhor opção para administrar sua vida financeira”, diz Felipe D’Ávila, CEO e sócio da Agroforte.
A análise de crédito da agfintech é feita com base nos dados do histórico dos produtores, fornecidos pela integradora, seja de frangos ou suínos, e das indústrias, no caso dos produtores de leite.
Com essas informações — que incluem volume de produção, qualidade dos lotes e histórico de endividamento — a AgroForte oferece um produto customizado. O objetivo é ser capaz de atender cada perfil de criador e assimilar sua capacidade individual de pagamento.
“Utilizamos inteligência de dados na nossa modelagem de crédito, proporcionando ao produtor limites customizados conforme seu ciclo de produção,” explica Gustavo Silva, CTO e sócio da AgroForte.
Para assegurar a operação e possibilitar a oferta de menores taxas de juros, a quitação das parcelas ocorre por meio de retenção ou abatimento pela agroindústria diretamente do lote ou da safra fornecida pelo produtor, limitada a 30% da renda do integrado.
O produtor acompanha todo o fluxo do financiamento pelo aplicativo, que disponibiliza extrato, parcelas a vencer, taxa de juros e limite de crédito, caso haja interesse em novos empréstimos.
*Com informações da assessoria de imprensa.