ICL Planet Startup Hub inicia atividades no Brasil e quer investir em soluções de food e nutrição vegetal

Com a iniciativa, a ICL busca uma nova geração de soluções. Apoio às startups virá na forma de investimentos e smart-money adversas do campo

Dezembro 12, 2022

Por Marina Salles

A ICL, empresa líder global em minerais especializados e especialidades químicas, anunciou o lançamento da atividade ICL Planet Startup Hub no Brasil. A nível global, a iniciativa existe desde 2021, como plataforma de investimento e colaboração com startups focadas em novas maneiras de enfrentar os desafios globais da produção de alimentos. Esses desafios vão desde o aumento dos rendimentos e o combate à insegurança alimentar até a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O lançamento local aconteceu no AgTech Garage, no Campus Vale do Piracicaba (SP). A ICL América do Sul é parceira do AgTech Garage desde agosto de 2021 e, no país, o hub será um aliado da iniciativa ICL Planet Startup. “Ter a ICL Planet como parceira trará às nossas startups uma colaboração significativa, incluindo acesso ao mercado e experiência de cientistas de classe mundial”, afirma José Tomé, CEO do AgTech Garage. 

“O ICL Planet Startup Hub busca estabelecer uma nova geração de soluções de nutrição vegetal e foodtech, e nosso objetivo é investir em startups que podem fazer uma diferença significativa”, diz Hadar Sutovsky, vice-presidente de Inovação Externa do Grupo ICL. 

Internacionalmente, os investimentos têm sido divididos em três faixas: US$ 350 mil (para startups em estágio inicial), US$ 1 milhão (para startups em fase de go-to-market, acesso ao mercado) e mais de US$ 1 milhão (para startups já na etapa de tração e ganho de escala).

Hadar: “Buscamos uma nova geração de soluções de nutrição vegetal e foodtech” (Foto: ICL)

Portfólio robusto e diversificado

Até o momento, quatro empresas integram o portfólio do ICL Planet Startup Hub. São elas: CropX, Protera Biosciences, Plantible Foods e Lavie Bio.

Startup de análise agrícola, a CropX ataca o problema de se produzir mais com menos recursos, no que tange principalmente ao uso de água e energia. Voltada aos produtores rurais, combina dados de solo medidos por sensores proprietários em tempo real com imagens, dados meteorológicos, de topografia entre outros, em uma plataforma em nuvem para gerar insights e tomadas de decisão mais assertivas. A empresa tem escritórios nos EUA, Israel, Austrália e Nova Zelândia.

Já a chilena Protera usa inteligência artificial para identificar e criar novos ingredientes funcionais à base de proteínas e permitir que a indústria desenvolva, de forma mais rápida e econômica, produtos de alto valor nutricional.

Considerada uma biotech/ foodtech, a americana Plantible Foods produz de forma integrada e verticalizada a lentilha-d'água, espécie de planta aquática que batizou internamente de Rubi Protein, pelo seu alto grau proteico. A proteína de origem vegetal é usada pela indústria alimentícia para emular características funcionais de proteínas de origem animal.

A israelense Lavie Bio, por fim, é uma startup que desenvolve bioestimulantes e biopesticidas, com base na população microbiana que ocorre de forma natural no ambiente. Sua pegada tecnológica está no banco de dados que utiliza para descobrir, otimizar e desenvolver produtos, além da plataforma interna que lhe permite modelar a complexa interação dos sistemas microbioma-planta.

Contatos

Maurício Moraes

Maurício Moraes

Sócio e líder do setor de Agronegócio, PwC Brasil

Dirceu Ferreira Junior

Dirceu Ferreira Junior

COO do PwC Agtech Innovation e sócio, PwC Brasil

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