Novembro 23, 2022
Por Marina Salles
A Koppert, empresa holandesa especializada em controle biológico presente no Brasil desde 2011, passa a contar agora com um fundo de investimentos em agtechs com soluções na área de bioprodutos agrícolas.
A tese prevê aportes em soluções que possam contemplar do planejamento à comercialização de bioprodutos, passando pelas etapas de manejo das culturas e armazenagem.
A Koppert ressalta que irá priorizar, inicialmente, investimentos nas áreas de: desenvolvimento de novos produtos, acesso ao mercado, gestão da propriedade, aplicação de bioinsumos, manejo integrado, monitoramento da lavoura, gestão da emissão de gases estufa e uso racional de recursos.
O fundo terá oferta inicial de até R$ 50 milhões, sendo 10% dos recursos oriundos da Koppert. O restante do valor está sendo captado junto a outros investidores, em modelo que foge do Corporate Venture Capital (CVC) tradicional.
O objetivo dos cotistas é investir em startups de estágio inicial. A gestão e administração do fundo será feita pela Trustee DTVM. Em uma primeira rodada de investimentos, a expectativa é investir em 5 a 10 startups.
As oportunidades de investimento serão identificadas especialmente via Gazebo, hub de inovação da Koppert pioneiro no Brasil na especialização em tecnologias de controle biológico, que fica sediado no AgTech Garage. Além dele, a Koppert estará atenta a oportunidades que possam surgir junto a institutos de pesquisa e a Academia. Hoje, a empresa é parceira do SPARCBio (São Paulo Advanced Research Center for Biological Control) sediado na Esalq-USP.
“As startups serão selecionadas por meio da rede de relacionamento na esfera de atuação da Koppert, inclusive em instituições de pesquisa, ensino e de apoio à inovação no agronegócio, para a incubação e aceleração”, explica Herrmann.
Uma vez investidas, as agtechs serão incubadas e aceleradas no Gazebo. O intuito da companhia é poder acompanhar de perto as empresas do seu portfólio, além de promover a inovação aberta na Koppert e apoiar a adoção de novas tecnologias ligadas aos bioinsumos no mercado.
As startups E-Trap e Agrobee, que já fazem parte do Gazebo, devem ser as primeiras investidas do fundo. Ainda não foram divulgados os valores para os investimentos. A E-Trap detém uma solução para redução de prejuízos econômicos e aumento da produtividade por meio do monitoramento de pragas na lavoura. Já a Agrobee conta com uma tecnologia para aumento de produtividade e redução de perdas baseada na polinização assistida.
*Com informações de assessoria de imprensa