Sima recebe aporte de US$ 2 milhões e mira crescimento no Brasil e México

Fundada na Argentina em 2015, a startup agora quer se consolidar em novos mercados

Julho 11, 2022

Por Marina Salles

A startup argentina Sima, que oferece uma plataforma de monitoramento fitossanitário a campo e gerenciamento de clientes para redes de distribuição de insumos, levantou um aporte de US$ 2 milhões em rodada liderada pela Xperiment Ventures. O fundo especializado em agtech traz conhecimento e experiência também na escalabilidade de produtos e tecnologia, o foco da Sima agora. Acompanharam o investimento: Sancor Seguros Ventures, VX Ventures, Bridge Partners entre outros.  

Andres Yerkovich, CEO da Sima, afirma que os recursos serão aplicados no crescimento do time (atualmente com 30 pessoas, e que deve dobrar até dezembro) para a expansão no Brasil e México, além do desenvolvimento de novos modelos de negócios. Por isso mesmo, o investimento veio de players estratégicos. No caso, a Sancor Seguros Ventures irá somar à estruturação de um modelo de negócios pensado para reduzir o risco dos produtores rurais. Já a VX Ventures será o parceiro estratégico na frente da geração de receita focada na produção sustentável. A Bridge Partners, por sua vez, é o grande braço de apoio para a chegada no México.

Em meio ao cenário mais desafiador de captação de investimentos no mercado, Yerkovich comemora a rodada. “Isso representa um feito muito importante no atual contexto do mercado de inovação mundial”, diz em nota. “É mais um sinal de que as empresas com métricas saudáveis e sustentáveis são as que colhem as melhores oportunidades no longo prazo”. 

Sete anos de história

A Sima nasceu no ano de 2015 em Rosário, na Argentina, com o objetivo de oferecer uma plataforma simples para os produtores gerenciarem dados e otimizarem a produção agrícola. Hoje, está presente em oito países da América Latina e monitora 5 milhões de hectares de usuários pagos. 

No Brasil, a estratégia de entrada no mercado se voltou ao atendimento ao público B2B e, agora, será estendida a consultorias e produtores rurais (B2C). Há apenas um ano no país, a Sima já garantiu 50% do seu faturamento (de valor não revelado) vindo das terras brasileiras. 

No Brasil, a Sima está monitorando pragas em diversas culturas, como o milho[/caption]

Por conta do seu foco inicial, a empresa já trabalha em diversos projeto ao lado de grandes empresas, entre elas a Bayer. Um dos destaques é o projeto de uma rede de monitoramento da principal praga que tem acometido o milho: a cigarrinha. A iniciativa, que teve início no Brasil, promete avançar para outros países com o objetivo de auxiliar os agricultores a tomarem melhores decisões. 

“Queremos ser a empresa líder em digitalização agrícola na América Latina.  Vamos fortalecer nossa presença principalmente no Brasil e no México. Queremos replicar o sucesso da agtech na Argentina, onde somos o principal fornecedor de agricultura digital” afirma Yerkovich. Atualmente a Sima domina mais de 10% da área produtiva total da Argentina, que no ciclo 2021/22 recobriu 38,7 milhões de hectares.

Junto à Universidade de Maryland, dentro do projeto Nasa Harvest, a Sima está trabalhando ainda na otimização de algoritmos que estimam a produtividade de diferentes culturas. A tecnologia já demonstra ter 80% de eficácia.

Contatos

Maurício Moraes

Maurício Moraes

Sócio e líder do setor de Agronegócio, PwC Brasil

Dirceu Ferreira Junior

Dirceu Ferreira Junior

COO do PwC Agtech Innovation e sócio, PwC Brasil

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