Abril 19, 2023
Novo programa prepara os produtores e a Bunge para fornecer produtos oriundos de práticas regenerativas (Foto: CNA/ Wenderson Araujo)
Por Marina Salles
A Bunge está anunciando a criação de um programa de agricultura regenerativa pensado para apoiar o produtor rural na transição para uma agricultura de baixo carbono. A iniciativa oferece suporte técnico, ferramentas, produtos e serviços, que contribuem com os esforços globais para mitigar os efeitos das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e já nasce com a adesão de 26 produtores, totalizando cerca de 250 mil hectares de terras distribuídas nos Estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Piauí e Tocantins.
O acesso ao programa é gratuito e seu objetivo é promover a sustentabilidade, ou seja, ganhos ambientais, além do aumento da produtividade e redução de custos. Isto será possível, segundo a empresa, graças à aplicação de conceitos e práticas de cultivo que melhoram a fertilidade, aumentam o armazenamento de CO2 atmosférico no solo, promovem a diversidade biológica, aprimoram a retenção e a infiltração de água na lavoura e aperfeiçoam o gerenciamento do consumo de energia e de insumos agrícolas.
O programa tem 3 etapas, personalizadas de acordo com as características de cada propriedade:
“Sabemos que muitas práticas regenerativas já são aplicadas nas propriedades e o nosso objetivo é disponibilizar dados confiáveis e estruturados para que o produtor possa avaliar a necessidade de implantar medidas adicionais, corretivas ou de reforço”, afirma Pamela Moreira, responsável por Sustentabilidade na Bunge na América do Sul.
Para viabilizar a execução das ações, a múlti americana reuniu um time de parceiros, entre eles a Orígeo, joint venture entre Bunge e UPL. A Orígeo foi criada em junho de 2022 para fornecer soluções de ponta a ponta para agricultores da macrorregião do Mapitobapa (Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia e Pará). Entre seus serviços estão: oferta de sementes, defensivos, bio-soluções e fertilizantes; assistência para o planejamento da safra; assessoria agronômica; consultoria em sustentabilidade e certificações em agricultura regenerativa e de baixo carbono; soluções para financiamento agrícola; e serviços de comercialização e logística da colheita. A empresa também conta com serviços de agricultura digital.
“Estamos convictos de que o programa irá fortalecer ainda mais nossa conexão com os produtores rurais”, diz Rossano de Angelis Jr, vice-presidente de Agronegócio da Bunge na América do Sul. “Com a expertise da nossa parceira Orígeo, temos um modelo único de suporte aos produtores para garantir a produtividade, rentabilidade e sustentabilidade de seus negócios”.
Na jornada do programa, a Bunge está criando também uma agfintech, que funcionará como seu braço digital de produtos e serviços financeiros. A ferramenta tecnológica foi desenvolvida para facilitar e simplificar o acesso ao crédito rural de forma segura, fluida e eficiente, tendo a análise de critérios socioambientais como ponto central para a concessão de financiamentos.
Atenta ao pequeno produtor, a companhia está anunciando ainda o Projeto Semêa. Capitaneado pela Fundação Bunge e viabilizado por meio de parceiros locais, o projeto presta assistência técnica para adoção de práticas regenerativas na agricultura familiar e promove inclusão social produtiva para populações em situação de vulnerabilidade na cadeia do agronegócio, por meio da prestação de serviços ambientais.