Agrotoken, pioneira na tokenização de grãos, passa a oferecer sua infraestrutura de blockchain como serviço

Com parcerias de peso, a startup argentina já tokenizou 230 toneladas de commodities e atendeu mais de 3 mil produtores rurais

Julho 23, 2024

Eduardo Astrada, CEO da Agrotoken (Foto: Agrotoken)

Por Fernanda Cavalcante

A Agrotoken, startup Argentina, nasceu com o  objetivo de transformar commodities agrícolas em ativos financeiros, permitindo que o produtor rural use os tokens como forma de pagamento ou para acessar financiamento. Desde 2021 até agora, a startup já tokenizou 230 toneladas de grãos, principalmente de soja, milho e trigo, e atendeu mais de 3 mil propriedades rurais. 

A solução da agrotech, vai para além dos tokens,  conectando produtores rurais e fornecedores de forma efetiva, ao criar um meio de pagamento que facilita as transações entre os elos da cadeia. “O desafio é sincronizar o fluxo de caixa dos produtores com as suas necessidades de compra, para equilibrar tempos e orçamentos e, para isso, contamos com a ajuda não dos fornecedores, mas dos provedores de liquidez”, afirma Eduardo Astrada, CEO da Agrotoken. 

Os provedores de liquidez são um perfil essencial no ecossistema da startup, para manter a engrenagem girando.  Estamos falando de bancos e fundos de investimento capitalizados, que alimentam essa rede de transações. 

Entre os parceiros da Agrotoken nessa frente, estão:  Broto, VISA, Bunge, CNH, SLC Máquinas, Ciarama, Raizen, Polkadot, Algorand e outros. 

Novos modelos de negócio

Astrasa explica que a interação com diversos atores do ecossistema possibilitou a criação de novos modelos de negócio para a Agrotoken – o que amplia ainda mais seu portfólio. "Nós percebemos que poderíamos utilizar o blockchain, que já usamos para os tokens, para atender à demanda do mercado por rastreabilidade e origem dos produtos", diz. 

Astrasa afirma que o diferencial da Agrotoken está justamente na sua solução inovadora e o seu conhecimento do mercado, que garantem o sucesso, nos bastidores, da sua plataforma blockchain. “Nós sabemos criar ativos digitais de forma muito eficaz e validar e pesquisar as informações certas. Hoje, nós entendemos o mercado e sabemos qual informação é relevante e confiável”, diz. 

Uma vez estando próxima de grandes players do setor, a startup percebeu a demanda por soluções mais customizadas. Assim, passou a fornecer sua tecnologia nos mesmos moldes e com os mesmos recursos empregados para desenvolver o modelo interno para terceiros. 

"Hoje nós temos projetos em conjunto com os clientes, onde nós oferecemos basicamente a infraestrutura padrão da Agrotoken, quase como um produto white label, permitindo que  a empresa conte com nossa expertise e consultoria", afirma Astrasa. Ao todo, são 12 os projetos em curso nessa nova frente, que dá assistência a outras empresas, por exemplo, com transações com commodities e rastreio da procedência dos produtos.  

Outro modelo de negócio, já consolidado pela Agrotoken, é seu cartão de crédito Visa – que permite comprar qualquer produto ou serviço com os tokens em qualquer lugar do mundo. Cada token corresponde a 1 tonelada de ativo agrícola, e o preço do cripto ativo segue os índices aceitos por todo o mercado para cada commodity. Astrasa brinca: “Se você quiser comprar uma carne no açougue você vai conseguir, da mesma forma que, se você quiser comprar um ursinho de pelúcia na Disney, o cartão também irá passar”.

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Maurício Moraes

Maurício Moraes

Sócio e líder do setor de Agribusiness, PwC Brasil

Tel: 4004 8000

Dirceu Ferreira Junior

Dirceu Ferreira Junior

COO do PwC Agtech Innovation e sócio, PwC Brasil

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