27ª Pesquisa Anual Global de CEOs

Destaques do setor do agronegócio no Brasil

Embora os CEOs estejam mais otimistas em relação ao crescimento econômico global do que no ano passado, uma parcela crescente no Brasil e no mundo tem dúvidas de que suas organizações sobreviverão por mais de dez anos se mantiverem o rumo atual. No setor do agronegócio nacional, essa é uma preocupação para 31% dos CEOs – um percentual acima dos 23% registrados no ano passado, mas menor do que a média deste ano para todas as indústrias no país (41%).

A expectativa de desaceleração do crescimento econômico global diminuiu, enquanto a parcela dos que preveem uma aceleração cresceu em 2024 (40% dos CEOs no setor do agronegócio no Brasil, em comparação com 18% no ano passado – um aumento ainda maior do que o registrado na média brasileira: 36% ante 17%). Além disso, os CEOs de modo geral (no Brasil, no setor do agronegócio e na média mundial) confiam mais nas perspectivas de seus próprios países do que nas da economia global.

Há reservas nesse otimismo, no entanto: nos três recortes (agronegócio, Brasil e mundo), o percentual dos que apostam na desaceleração econômica global no próximo ano supera a fatia dos que preveem a aceleração. 

Os CEOs do setor do agronegócio também estão bem menos confiantes do que no ano passado nas perspectivas de crescimento de receita de suas próprias empresas no horizonte de 12 meses (35% ante 78% em 2023). Considerando o cenário de três anos, a confiança dos líderes do setor também diminuiu (de 70%, em 2023, para 57% este ano).

Os CEOs esperam enfrentar mais pressão nos próximos três anos por mudanças no modelo de negócios. Em comparação com os últimos cinco anos, os CEOs preveem que alterações associadas à tecnologia, às preferências dos consumidores e ao clima, entre outras, terão impacto muito maior na forma como criam, entregam e capturam valor. Apenas os efeitos da instabilidade da cadeia de abastecimento e da regulação governamental, na opinião dos CEOs, devem diminuir em termos relativos nos próximos três anos no setor.

A adoção da IA generativa no agronegócio (23%) e a adaptação da estratégia tecnológica (11%) para lidar com a inovação que ela representa está abaixo da média geral das empresas brasileiras. O mesmo acontece com as expectativas dos CEOs do setor em relação à IA generativa nos próximos 12 meses e três anos: nos dois casos, elas são menores do que a média nacional.

Baixe o arquivo e conheça mais resultados da 27ª Global CEO Survey sobre o setor do agronegócio.

31% dos CEOs do setor do agronegócio no Brasil têm dúvidas de que suas organizações sobreviverão por mais de dez anos se mantiverem o rumo atual.

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Maurício Moraes

Maurício Moraes

Sócio e líder do setor de Agribusiness, PwC Brasil

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