Pesquisa Fintech Deep Dive 2022

Empresas sentiram o impacto da crise nas receitas em 2020, mas já mostram recuperação.

No auge da crise causada pela pandemia de covid-19, em 2020, o percentual de empresas sem faturamento em nossa amostra quase dobrou. No ano seguinte, essa fatia recuou de 38% para 14%. Ao mesmo tempo, a parcela de fintechs com o nível mais baixo de receitas (até R$ 350 mil) mais que dobrou (de 15% para 31%).

Nos segmentos com faturamento mais alto, embora o impacto da crise também tenha sido sentido em 2020, percebemos que se manteve a tendência observada desde 2017 de aumento da fatia de empresas com receitas acima de R$ 5 milhões.

Receita bruta 
2021
2020

Sem faturamento
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Até R$ 350 mil
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Entre R$ 350 mil e R$ 1 milhão
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Entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhão
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Entre R$ 5 milhão e R$ 10 milhões
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Acima de R$ 10 milhões
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Atentas às oportunidades do open banking e do Pix, fintechs apostam mais em cliente corporativo

Com olhos mais voltados para o segmento de pessoas jurídicas, sobretudo pequenas e médias empresas, as fintechs dizem encontrar dificuldades para atrair talentos, alcançar escala e reconhecimento de marca, obter investimentos e gerar receitas.

Quem é o cliente das fintechs da nossa amostra:

  • 58% das participantes têm uma base de clientes formada por pessoas jurídicas.
  • 7% atendem a clientes com restrições no mercado (pessoas físicas ou jurídicas).
  • Dois terços têm conta em banco e usam diversos produtos e serviços financeiros.
  • Pequenas ou médias empresas representam a principal categoria de clientes corporativos das fintechs da nossa amostra, com 38% das menções.
Tipo do cliente

Foco na expansão dos segmentos de crédito, meios de pagamentos e bancos digitais

Os principais segmentos de atuação das fintechs permanecem quase inalterados em relação à edição anterior, com exceção de bancos digitais, categoria que avançou claramente para o terceiro lugar na preferência das empresas, ultrapassando as soluções de gestão financeira.

Cinco principais segmentos de atuação
2022
2020

Crédito
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Meios de pagamento
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Bancos digitais
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Gestão financeira
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Gestão de investimentos
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Crise reduziu o apetite dos investidores a riscos

O alto percentual de empresas que financiam suas próprias operações é reflexo da crise econômica desencadeada pela pandemia e por questões geopolíticas – o que secou as fontes de capital para as startups – mas também pode ser resultado de iniciativas de empresas estabelecidas, que estão decidindo abrir suas próprias fintechs – bancos digitais, por exemplo – para facilitar seus negócios.

Sua fintech recebeu novos investimentos?
Sim
Não

2021
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2020
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2019
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“Esse segmento, de fato, se consolidou. Não vemos o boom de novas empresas que tínhamos há cinco anos. As fintechs que conseguiram andar sozinhas, competir de igual para igual com os incumbentes, muitas vezes o fizeram apoiadas apenas em uma base de clientes grande, mas ainda sem registrar lucro. Todas têm em comum o pioneirismo de entrar em um mercado subatendido usando a receita certa. Hoje, no entanto, os espaços estão ocupados, até mesmo pelas fintechs, e o desafio é crescer e gerar rentabilidade em um cenário de escassez de capital para investimentos.”

Luís RuivoSócio e líder de Consultoria em Serviços Financeiros

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Luis Ruivo

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Sócio, PwC Brasil

Tel: 4004 8000

Lindomar Schmoller

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