Voz do Consumidor 2025

Consumidores do mundo todo estão reescrevendo o cardápio do setor de alimentos. Nossa nova edição da pesquisa Voz do Consumidor 2025 mostra como saúde, praticidade e tecnologia estão moldando escolhas – enquanto a alta de preços e os dilemas da sustentabilidade impõem limites e priorizam valor. O estudo ouviu mais de 20 mil pessoas em 28 países (mil delas no Brasil) para entender o que realmente orienta a compra de alimentos hoje e o que vai definir o crescimento até 2035.

O setor de alimentos vive uma transformação acelerada: enfrenta custos crescentes, impactos climáticos e desafios de suprimentos, enquanto lida com consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. A busca por saúde, praticidade e sustentabilidade impulsiona inovação e novos modelos de negócio. Para competir em um mercado global em expansão, as empresas precisam reinventar estratégias que equilibrem preço, valor nutricional e responsabilidade socioambiental.

As escolhas alimentares deixaram de ser apenas uma questão de preço ou sabor: hoje, os consumidores orientam suas decisões com base em valores pessoais ligados à saúde, bem-estar e sustentabilidade. Eles cobram das empresas mais transparência sobre ingredientes, processos produtivos e compromissos ambientais. Mostram-se até dispostos a mudar de marca quando percebem desalinhamento entre oferta e expectativas. Essa mudança de comportamento reforça que o poder de decisão está cada vez mais nas mãos do consumidor, e que as organizações do setor precisam adaptar seu portfólio, sua comunicação e suas práticas para conquistar confiança e lealdade em um mercado em transformação.

A rotina acelerada e a busca por bem-estar impulsionam consumidores a adotar novas soluções que unam praticidade e saúde. Canais digitais, como aplicativos, assinaturas e plataformas de entrega, já fazem parte do dia a dia, enquanto produtos funcionais, dietas personalizadas e experiências integradas à tecnologia ganham espaço nas escolhas alimentares.

Ainda que os supermercados físicos mantenham protagonismo, cresce o ecossistema de alternativas que oferecem conveniência sob demanda e maior alinhamento com estilos de vida mais saudáveis. Para as empresas, esse cenário abre oportunidades de inovação em formatos, serviços e parcerias capazes de atender às novas expectativas dos clientes.

O custo de vida segue como o principal fator de decisão para os consumidores, que buscam equilibrar orçamento sem abrir mão de suas necessidades básicas. A alta dos preços leva à troca de marcas tradicionais por alternativas mais acessíveis, à priorização de promoções e ao replanejamento de hábitos de compra e consumo. Esse movimento reforça que, mesmo diante da valorização de atributos como saúde e sustentabilidade, a percepção de valor continua ancorada no preço. As empresas que conseguirem oferecer soluções acessíveis, com qualidade e transparência, terão vantagem competitiva em um mercado cada vez mais sensível a custos.

Os consumidores desejam produtos acessíveis, práticos e saudáveis, mas também esperam que suas escolhas estejam alinhadas a valores de sustentabilidade, transparência e responsabilidade social. Atender a esse consumidor mais consciente exige que as empresas vão além da oferta de alimentos: é preciso inovar em modelos de negócio que equilibrem custo-benefício, saúde e impacto positivo. Isso passa por repensar portfólios, explorar novas parcerias em áreas como saúde, logística e tecnologia, e transformar a experiência do cliente por meio de dados, personalização e serviços integrados. Nesse novo ecossistema, marcas que traduzirem propósito em valor tangível conquistarão não apenas relevância de mercado, mas também confiança e lealdade de longo prazo.