A urgência da reinvenção no setor de saúde

O setor de saúde vive um momento de inflexão em todo o mundo. O envelhecimento da população, a escalada das doenças crônicas, o aumento contínuo dos custos assistenciais e a transformação no perfil e nas expectativas dos consumidores criam um cenário de pressões estruturais que desafiam os modelos tradicionais de operação e cuidado.

Essas tendências, que antes pareciam distantes ou graduais, hoje impõem uma necessidade imediata de mudança. É preciso deixar de reagir a demandas pontuais e passar a atuar de forma contínua, personalizada e sustentável. Isso exige mais do que digitalizar processos: demanda uma transformação profunda e coordenada de modelos de negócios, estruturas operacionais e relações entre os agentes do ecossistema.

Essa transformação é não apenas possível, mas essencial, e há caminhos concretos, baseados em dados, inovação e colaboração, para viabilizá-la. Nesta publicação, reunimos ideias essenciais que podem orientar esse caminho. 

• As forças que pressionam o modelo atual – A reinvenção no setor de saúde é resultado de pressões sistêmicas crescentes, que tornam os modelos atuais insuficientes para assegurar sustentabilidade, efetividade clínica e boa experiência ao paciente.
• As barreiras que travam a transformação –  O setor de saúde esbarra em obstáculos organizacionais, culturais, regulatórios e estratégicos, que vão além da tecnologia e limitam o potencial de inovação sistêmica.
• Os vetores de mudança em curso – Novos fatores estratégicos estão impulsionando a reinvenção da saúde, com foco em valor, personalização, prevenção e colaboração, como digitalização da jornada, inovação farmacêutica com IA, plataformas abertas e uso de dados.
• O papel estratégico da IA – Quando industrializada – ou seja, aplicada em escala, com governança e processos estruturados – a IA pode ser responsável por ganhos significativos de performance, produtividade e qualidade assistencial.
• Modelos de negócios em transição – A transformação da saúde vai além da tecnologia: envolve a transição de modelos baseados em volume para estruturas sustentadas por valor, continuidade, dados e colaboração.
• O papel crítico da colaboração intersetorial – A mudança exigida é um esforço coletivo, pois nenhum agente de saúde detém isoladamente todos os recursos, competências e dados indispensáveis para reimaginar a assistência à saúde.