Um panorama dos avanços na jornada da maturidade digital das organizações brasileiras para incorporar tecnologias digitais e reinventar seus modelos de negócios em um cenário de constante transformação
O Índice de Transformação Digital do Brasil (ITDBr) 2025 apresenta um retrato detalhado do estágio de maturidade digital das organizações brasileiras, evidenciando avanços relevantes em infraestrutura, uso de dados e alinhamento estratégico, mas também retrocessos em governança, clientes digitais e tecnologias de fronteira.
A análise por dimensões e setores mostra um cenário heterogêneo, marcado por ganhos consistentes em eficiência operacional e segurança. No entanto, ainda persistem desafios relacionados à inovação, cultura e sustentabilidade das iniciativas digitais.
O estudo foi desenvolvido por meio de parceria entre a PwC Brasil e o Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC). As análises utilizam uma metodologia proprietária, desenvolvida para mensurar o progresso da transformação digital em um índice comparável e contínuo, que possibilita acompanhar sua evolução e oferece referências úteis para implementação de transformações tecnológicas de grande alcance e escala.
Este ano, o ITDBr médio das empresas participantes da pesquisa ficou em 3,6, com uma leve queda em relação à edição anterior (3,7). Apesar disso, o cenário mostra avanços importantes em dimensões essenciais para a maturidade digital das organizações brasileiras.
“Esta edição mostra que as empresas brasileiras estão consolidando avanços importantes em infraestrutura e no uso de dados. A onda da inteligência artificial generativa segue democratizando o uso da IA na força de trabalho para promover uma eficiência operacional mais ampla e massiva e alcançando diretamente o usuário final. Agora, o grande passo é transformar essa base em alavanca para inovação e diferenciação competitiva, garantindo que a transformação digital vá além da eficiência, com governança e integração de tecnologias digitais de forma responsável.”
As organizações seguem priorizando a estruturação da jornada digital como um processo contínuo e organizado. Ao mesmo tempo, cresceu de forma expressiva a atenção das lideranças em conhecer as tendências tecnológicas de mercado.
Aspectos ligados à avaliação econômica de projetos digitais e ao conhecimento de métodos de execução permanecem estáveis, enquanto atividades mais práticas, como programas de treinamento, ganham relevância.
P: O que a sua organização precisaria estruturar para impulsionar a transformação digital?
Os resultados desta edição apresentam uma clara necessidade de as empresas brasileiras superarem importantes desafios culturais, tecnológicos, de governança e sustentabilidade para consolidar uma transformação digital robusta e alinhada às demandas competitivas do mercado global.
Transformar o progresso atual em alavanca para inovação, engajamento do cliente e adoção de tecnologias emergentes é a próxima etapa, ainda marcada por lacunas de consistência. Sustentar essa consistência das iniciativas permite às empresas converter ganhos em resultados duradouros.
Da mesma forma, integrar ESG e ética digital de maneira mais estruturada representa não apenas uma necessidade regulatória, mas uma oportunidade de diferenciação e criação de valor sustentável.
O futuro digital das empresas brasileiras dependerá da capacidade de unir tecnologia, governança e cultura organizacional em uma visão de longo prazo. As organizações que abraçarem essa jornada com ousadia e consistência estarão mais aptas a liderar, inovar e gerar impacto positivo para a economia e a sociedade.