Avanços no atendimento clínico virtual
Os avanços da tecnologia e o desejo dos consumidores por conveniência levarão o atendimento virtual a um patamar que deverá transformar a forma tradicional de atendimento de saúde. A pesquisa global com consumidores de saúde da PwC mostra um interesse extremamente alto em relação aos cuidados remotos – por meio de smartphones ou consultas em vídeo – mesmo quando as pessoas já têm condições de voltar a usufruir do atendimento presencial. Como resultado, provedores e seguros-saúde devem desenvolver, de olho no futuro, estratégias de cuidados virtuais abrangentes que façam sentido tanto do ponto de vista do atendimento ao paciente quanto do negócio.
Implicações:
Cuidar da privacidade e da segurança dos dados de saúde, aumentando os esforços de segurança cibernética, à medida que mais pessoas usam telemedicina, aplicativos de saúde e dispositivos de monitoramento remoto.
No Brasil
42% dos pacientes preferem ser atendidos por telemedicina durante uma emergência
90% dos pacientes ainda sem experiência com a telemedicina estão abertos a serem atendidos desta forma
Fonte: Pesquisa Telemedicina no Brasil, Datafolha e Conexa Saúde, divulgada em abril de 2021.
Evolução dos ensaios clínicos
A transformação provocada pela pandemia nos ensaios clínicos presenciais forçou a adoção de tecnologia digital e ferramentas de atendimento à distância que permitem aos pesquisadores lidar remotamente com alguns aspectos dos ensaios, como recrutamento digital, visitas remotas por telessaúde e o uso de testes domiciliares ou tecnologias de monitoramento.
93% dos executivos dos setores farmacêutico e de biociências disseram que os testes que incluem elementos digitais foram importantes para assegurar o processo de desenvolvimento de sua empresa nos próximos cinco anos.
Fonte: PwC Health Research Institute
No total, 66% dos entrevistados da pesquisa global da PwC com consumidores de saúde afirmaram que estariam dispostos ou muito dispostos a participar de ensaios clínicos digitais. As experiências positivas durante os estudos relacionados à covid-19 sem dúvida aumentaram o entusiasmo pela incorporação de componentes digitais nos estudos, quando viável.
Implicações:
Determinar os estudos certos para novos modelos, identificar e priorizar áreas de doença e, no caso de estudos descentralizados, analisar a viabilidade de realizar estudos em locais não convencionais, que possam proporcionar facilidade de visitas aos pacientes, armazenamento de medicamentos e coleta de bioespécies.
Abordar as preocupações do consumidor. Na pesquisa global da PwC com o consumidor de saúde, 23% dos entrevistados disseram que estão relutantes em participar de testes remotos. Entre os motivos estavam preocupações com confiança (30%), comprometimento de tempo (21%) e preocupações com a saúde (20%).
Aumentar a diversidade de participantes, descentralizando os locais para estudos.
Desenvolvimento de resiliência na cadeia de supr
A pandemia deixou bem claros os pontos fracos da cadeia de suprimentos. O foco em 2021 será desenvolver flexibilidade e redundância na cadeia de abastecimento, tarefa que prepara os participantes do setor para a próxima crise de saúde pública e cria uma proteção contra outras disrupções. Esse trabalho produz uma série de outros resultados positivos, como a criação de empregos e benefícios ESG, com a localização adequada da produção e da cadeia de suprimentos.
Implicações:
Considerar a localização de suprimentos. Fatores como risco, resiliência, desenvolvimento de um ecossistema mais amplo, análise de custo-benefício, incentivos fiscais e disponibilidade de talentos devem ser considerados no curto e longo prazos. As organizações devem criar agilidade com infraestrutura redundante.
Investir em uma força de trabalho do futuro que entenda a tecnologia e o poder dos dados, incluindo inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, cada vez mais presentes na cadeia de suprimentos.
Mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados via telemedicina no Brasil, entre janeiro de 2020 e julho de 2021.
Fonte: Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital