A combinação de megatendências – influenciadas pela inteligência artificial (IA) e pelas mudanças climáticas – está forçando as empresas a reinventar seus modelos de negócio e transformar suas operações. E toda transformação, com novas operações ou fonte variadas de receita, traz consigo implicações tributárias.
Em termos simples: se os CEOs querem realmente investir na reinvenção, precisam ter os executivos da área tributária à mesa. A boa notícia revelada pela Global Reframing Tax Survey é que muitos executivos da alta liderança já reconhecem o papel relevante dos tributos nas decisões estratégicas de negócio.
No entanto, o estudo também revela um outro cenário preocupante: departamentos tributários estão sobrecarregados por obrigações regulatórias cada vez mais complexas, escassez de recursos e um volume crescente de dados. No formato de trabalho tradicional, a área tributária não conseguirá atingir seu potencial e gerar valor em tempos de turbulência.
Queremos estimular o debate e apontar caminhos para que as empresas atuem em duas frentes. Primeiro, encontrando formas de aliviar os problemas e capacitar a área tributária com as habilidades, o conhecimento e a tecnologia necessários para otimizar as operações do dia a dia. E segundo, garantindo que os tributos desempenhem papel estratégico e valioso na jornada de reinvenção que se aproxima.
Para oferecer uma visão abrangente das oportunidades e desafios enfrentados por executivos tributários em todo o mundo, entrevistamos mais de 1.200 executivos de 47 países, incluindo o Brasil. Mais de 80% dos participantes da pesquisa atuam nas áreas tributária ou financeira.
“A nossa pesquisa global sobre a reconfiguração da área tributária revela o papel crucial da área na reinvenção dos negócios e destaca possíveis ações para que seu pleno potencial seja alcançado. É essencial que o gestor tributário esteja integrado às discussões estratégicas no mais alto nível, contribuindo ativamente para a tomada de decisões e a otimização do retorno das operações, principalmente diante da reforma tributária sobre o consumo no Brasil.”